“Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado...
Resignação para aceitar o que não pode ser mudado...
E sabedoria para distinguir uma coisa da outra.”
Oração
atribuída a São Francisco de Assis [Giovanni di Pietro di Bernardoni]
(1182-1226)
Italiano,
fundador da ordem mendicante dos Frades Menores (franciscanos).
ONDAS DE ACEITAÇÃO
NO MAR DO INCONFORMISMO
Sempre houve
recuos e avanços,
Silêncios e
estridentes gritos audíveis,
Desleixo,
aceitação e resistência,
Vis
predadores e cordeiros mansos,
Agiotas,
corruptores e corruptíveis,
A cunha e
quem move influência,
Traidores,
abusadores e abusados,
Insensatez,
estupidez, inteligência,
Feira de
vaidades, com pavões dourados.
Sempre houve
delinquentes intocáveis,
Mestres e
doutorados em incompetência,
Quem não
abdique de viver com ganância,
Falta de carácter
nas decisões irrevogáveis,
Promoção de
injustiças, atos imorais,
Governantes
fora da lei em acção,
Assim como
os seus compadres notáveis,
Quem prefira
viver na ignorância
Nem se
importe com usura ou fuga de capitais.
Sempre houve
inquietação e inquietados
E para cada
acção uma reação,
Uns a viver
bem, outros… mal de mais.
Perante atos
feios de humilhação,
Vítima de
estupro na condição humana,
Ajo
extremamente preocupado
Ao ver tanto
acomodado e mente insana.
Não capitulo,
vergado, resignado,
Nem me
entrego ao status quo, isso não!
Na ânsia de
tanto querer lutar
Vejo o
pêndulo da emoção descontrolado
E a
proximidade do abismo.
Alinho a ação
no compasso do tempo,
Acerto o ritmo
no fluxo da vida,
Relaxo de
toda a inquietação
E, por
momentos, após serenar,
Consciente
do que não posso alterar,
Visualizo
uma ilha perdida
Nos confins
do mar do inconformismo
E vejo-me a
surfar nas ondas da aceitação
De aquilo
que posso e quero mudar.
© Jorge Nuno
(2013)
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