MAR, VIDA E PÃO
A refrega vira
forte temporal…
Céu negro de
espuma iluminado,
Em cada instante
há convés inundado
Em balanço de
prenúncio fatal.
Vem farta, de
porão a transbordar,
Acrescido risco de
capotagem.
O patrão, um
herói de pilotagem,
S’esforça… sem a
poder alijar.
As mulheres e
mães em ansiedade,
Cabeça coberta,
na escuridão,
Invocam as preces
à divindade.
Ao longe,
avistam um lampião…
“Louvor, Senhora
da Guia… bondade,
Aportem com vida
e haja pão!”
© Jorge Nuno
(2014)
Obs.: A minha homenagem às gentes sofridas que ganham a vida no mar, com este soneto feito no dia da tempestade "Stephanie", que assolou o litoral português.
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