"O nosso 'eu' nuclear
é estável e permanente; portanto, nada tem a recear da mudança. O desconhecido
é necessário para a mudança. Quando fazemos as pazes com este facto o mundo
transforma-se, passando de um lugar de risco constante para o parque de recreio
do inesperado"
Deepak
Chopra (1946 – ...)
Médico endocrinologista indiano, escritor e
professor de Ayurveda (conhecimento médico desenvolvido na Índia há cerca de 7
mil anos, o que faz dele um dos mais antigos sistemas medicinais da
humanidade), espiritualidade e medicina corpo-mente. Autor de mais de 25 livros
de autoajuda (vários bestsellers), traduzidos em mais de 35 idiomas, tornou-se
o mais conhecido divulgador da filosofia oriental no mundo ocidental.
MUDANÇA DE
AGULHA
Em noites de
vendaval
Da floresta ao
descampado,
Soltam
assustadores rugidos…
Feras ou
desconhecidos,
Num dinâmico
horror forçado
Manchado de luta
desigual.
Entre sangue
derramado
E a flacidez
dos feridos
Em contenda
imoral,
Vive-se um
tempo apagado
Abafado por
sons aguerridos
De vulgo caráter
boçal.
Basta o
mudar de uma agulha,
Como quem
muda de canal,
Tem um novo
par de lentes
Ou vive a
cena por encanto.
Deixa-se o
mundo do pulha
Sem relevar qualquer
mal…
É um
problema de mentes.
Agora o
cenário é um espanto!
Numa tarde soalheira:
Há gatos a
ronronar
Na coberta
da churrasqueira;
Crianças na
“apanhada”
Com risos de
simplicidade,
Repetindo o
rodopiar
À volta da
macieira carregada;
Descaído, o
avô dormia
Ressonando
(coisas da idade…)
Com a fatia
na mão
E parte da
melancia
A jazer,
partida no chão;
E os pais, num
terno olhar
Em pose
descontraída
E amena
cavaqueira,
Atacam duas
“teclas” de entrecosto
Dão dois
dedos de conversa
E aquele
beijo sentido
Que teimava
em não chegar!
© Jorge Nuno
(2013)
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