NÃO IMPORTA
Não me
importa a clorofila das árvores
E os
fenómenos de fotossíntese,
Apenas o
espanto daquele verde.
Nem por que
a gravidade me atrai,
Como a
puxar-me… querendo prender-me,
Se me
liberto em sentido contrário.
Nem do porquê
daquele azul do céu,
Do tom
âmbar, vermelhão ou rosado,
Se estou
grato perante tal esplendor.
Não importa estar
numa noite escura
Se a escuridão
é equalizador
E muda parâmetros
aos meus sentidos.
Não importa
que me vejam disperso
Se sei que
realinho a consciência,
Atento e sem
bluffs sensoriais.
Não importa
que me achem cegueta
Quando consigo
ver, em meu redor,
Requinte da
beleza no banal.
Não importa
que me julguem matéria
E, na cova,
serei apenas pó,
Se eu sou
energia em movimento.
Raios!… Digam
então por que me indigno
Quando,
nesta caminhada da vida,
Tropeço em
tanta estupidez humana!
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