01/11/2017

CRÓNICAS DO CORAÇÃO DO MINHO (6) - Um País de Vanguarda (Parte III)

UM PAÍS DE VANGUARDA

(Terceira Parte)

Porque a periodicidade das crónicas é quinzenal, relembra-se o seguinte: a Parte I, com o mesmo título, aborda a grandiosidade de Portugal na sua época áurea – século XVI – que espantou pela dimensão dos feitos conseguidos, assim como pela ousadia e estoicidade, que evidenciava o caráter dos portugueses; a Parte II, refere como as características de Portugal e dos portugueses podem ser fonte de inspiração para outros povos, tendo sido apontados vários sucessos alcançados no presente, num curto espaço de tempo, que coloca o país na vanguarda, em vários domínios; nesta Parte III, pretende-se abrir a janela do futuro, consciente de que ele é incerto, pois depende de diversas variáveis, mas em que o rumo poderá ser corrigido e apontar-nos algo necessariamente diferente, desde que construído coletivamente, de forma consciente.

Para se perceber melhor o alcance, retrocedamos à tal época áurea, com base no que escreveu Roger Crowley[1]: “D. Manuel I tivera a sorte de nomear dois comandantes – [Francisco de] Almeida e [Afonso de] Albuquerque – incorruptíveis e leais, o último destes sendo também um dos maiores conquistadores e um construtor visionário do império. Nunca tendo sob o seu comando mais do que alguns milhares de homens, recursos improvisados, navios roídos pelos bichos e uma ambição avassaladora, Albuquerque ofereceu-lhe um império no oceano Índico, assente numa matriz de bases militares fortificadas. Ao fazê-lo, os portugueses surpreenderam o mundo. Ninguém na Europa previra que este país pequeno [também por ser pobre] e marginal irromperia de tal forma na Ásia, uniria os hemisférios e construiria o primeiro império global. (…) A expansão portuguesa, cada vez mais nas mãos de comerciantes privados, estendeu-se aos mares para além de Malaca: as ilhas Molucas, China e Japão. (…) Os portugueses com os seus canhões de bronze (…) uniram o mundo. Foram os mensageiros da globalização e da idade científica dos descobrimentos. Os seus exploradores, missionários, mercadores e soldados espalharam-se pelo mundo. Estiveram em Nagasáqui e Macau, nas terras altas da Etiópia e nas montanhas do Butão. Atravessaram os planaltos tibetanos e subiram o Amazonas. Ao viajar, criaram mapas, aprenderam línguas (…)”. E citou Luís Vaz de Camões[2]: “E se mais mundo houvera, lá chegara”. Tudo, em grande parte, na presunção de D. Manuel I que era um rei messiânico – aspirante a rei dos reis – destinado a grandes feitos, tendo sempre presente a cruzada contra os muçulmanos.

Hubert Reeves[3] refere: “No mundo existe a mudança. O quente torna-se morno. Os corpos caem. O fogo arde e as achas consomem-se. Estas transformações não se fazem arbitrariamente. São ligadas entre si por uma espécie de troca monetária. A moeda, neste caso, é a energia, que permite manter ao físico a contabilidade dos fenómenos que estuda. Num canhão, uma carga de pólvora explode. A energia química (de origem electromagnética) é transformada parcialmente em energia térmica (o canhão aquece). A soma das energias, cinética e térmica, é igual à energia química libertada”. Através do conhecimento, quando tomarmos consciência da importância da energia libertada/movimentada, incluindo a do “simples” pensamento, a mudança do mundo será ainda mais rápida e (re)orientada, de modo a dar mais sentido à transformação.

Segundo Jan Val Ellam[4] “Se o conhecimento se der livremente, a perceção voará alto, tão alto quanto permitam as asas da sensibilidade espiritual de quem desejar realmente ultrapassar os seus preconceitos e limitações. Ultrapassar, enfim, os seus próprios limites”. É deste despertar que muito se fala e que terá consequências positivas na necessária transformação.

Diana Cooper – que previu os grandes incêndios – escreveu[5], referindo-se a Portugal: “As pessoas aqui, como em muitas partes da Europa, estão desiludidas com a corrupção moral dos seus líderes e empresas. Elas começam a questionar e esse aumento de consciência exigirá mudanças. Apesar da resistência por parte do poder instituído, haverá transformações em todas as áreas da vida. As aquisições coloniais dos séculos XV e XVI enriqueceram o país financeira e culturalmente, mas criaram muito carma, ainda por resolver. (…) Este país será muitíssimo influenciado pela energia que vem de Fátima (…). O amor, a cura, a abundância e uma grande luz varrerão o território e, em 2032, Portugal estará transformado.

O colombiano Andrés Rios[6] refere que entre “os principais centros planetários revelados neste ciclo da humanidade” está “Lys, em Portugal”. “Lis – Fátima” surge como prolongamento de Lys e estará a cumprir a função-programa de “centro intraterrestre, que projetou a radiação em diferentes locais de Portugal”. Apresenta trabalho ao nível da “personalidade e alma coletiva da humanidade”, embora ainda com limitações devido “à comercialização e ao turismo espiritual que se tem feito nas suas diferentes áreas de influência”. Para crentes e não crentes, Fátima tem sido apelidada “O Altar do Mundo”. Este jovem diz, a dado passo: “(…) Escutai o campanário do vosso coração. Ele vos anuncia novas combinações. O coração é a ponte entre os mundos. O coração é a vossa verdadeira morada. (…) Um novo ciclo começa. A linguagem do coração é a instrução de hoje, a simplicidade no caminho, o vosso estandarte. Fogo, fogo, fogo: despertai e elevai a humanidade. (…) Tornai-vos colaboradores e construtores do bem universal. Que cada coração disposto a colaborar se torne numa pérola do Sagrado Colar. Um novo amanhecer se anuncia, é tempo de renovação”.

© Jorge Nuno (2017)
   



[1] In “Conquistadores – Como Portugal criou o primeiro império global”, da Ed. Presença, Lisboa, 2016.
[2] In “Lusíadas”, Canto VII.
[3] In “Um Pouco Mais de Azul – A Evolução Cósmica”, Ed. Gradiva, Lisboa, 1981 (?)
[4] In “Reintegração Cósmica – Uma Preparação Para o Grande Dia da Renovação”, Ed. Pergaminho, Lisboa, 1999.
[5] In 2032 – A Nova Idade de Ouro – Uma Esperança Real para os Próximos 20 Anos”, Ed. Nascente, Amadora, 2012.
[6] In O Caminho do Lírio”,  Autores Editores, 2016.

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