UM PAÍS DE VANGUARDA
(Terceira Parte)
Porque
a periodicidade das crónicas é quinzenal, relembra-se o seguinte: a Parte I,
com o mesmo título, aborda a grandiosidade de Portugal na sua época áurea – século
XVI – que espantou pela dimensão dos feitos conseguidos, assim como pela
ousadia e estoicidade, que evidenciava o caráter dos portugueses; a Parte II,
refere como as características de Portugal e dos portugueses podem ser fonte de
inspiração para outros povos, tendo sido apontados vários sucessos alcançados no
presente, num curto espaço de tempo, que coloca o país na vanguarda, em vários
domínios; nesta Parte III, pretende-se abrir a janela do futuro, consciente de
que ele é incerto, pois depende de diversas variáveis, mas em que o rumo poderá
ser corrigido e apontar-nos algo necessariamente diferente, desde que
construído coletivamente, de forma consciente.
Para
se perceber melhor o alcance, retrocedamos à tal época áurea, com base no que
escreveu Roger Crowley[1]: “D.
Manuel I tivera a sorte de nomear dois comandantes – [Francisco de] Almeida e
[Afonso de] Albuquerque – incorruptíveis e leais, o último destes sendo também um
dos maiores conquistadores e um construtor visionário do império. Nunca tendo sob
o seu comando mais do que alguns milhares de homens, recursos improvisados,
navios roídos pelos bichos e uma ambição avassaladora, Albuquerque ofereceu-lhe
um império no oceano Índico, assente numa matriz de bases militares
fortificadas. Ao fazê-lo, os portugueses surpreenderam o mundo. Ninguém na
Europa previra que este país pequeno [também por ser pobre] e marginal
irromperia de tal forma na Ásia, uniria os hemisférios e construiria o primeiro
império global. (…) A expansão portuguesa, cada vez mais nas mãos de
comerciantes privados, estendeu-se aos mares para além de Malaca: as ilhas
Molucas, China e Japão. (…) Os portugueses com os seus canhões de bronze (…) uniram
o mundo. Foram os mensageiros da globalização e da idade científica dos
descobrimentos. Os seus exploradores, missionários, mercadores e soldados
espalharam-se pelo mundo. Estiveram em Nagasáqui e Macau, nas terras altas da
Etiópia e nas montanhas do Butão. Atravessaram os planaltos tibetanos e subiram
o Amazonas. Ao viajar, criaram mapas, aprenderam línguas (…)”. E citou Luís Vaz
de Camões[2]: “E
se mais mundo houvera, lá chegara”. Tudo, em grande parte, na presunção de D.
Manuel I que era um rei messiânico – aspirante a rei dos reis – destinado a
grandes feitos, tendo sempre presente a cruzada contra os muçulmanos.
Hubert
Reeves[3]
refere: “No mundo existe a mudança. O quente torna-se morno. Os corpos caem. O
fogo arde e as achas consomem-se. Estas transformações não se fazem
arbitrariamente. São ligadas entre si por uma espécie de troca monetária. A
moeda, neste caso, é a energia, que permite manter ao físico a contabilidade
dos fenómenos que estuda. Num canhão, uma carga de pólvora explode. A energia
química (de origem electromagnética) é transformada parcialmente em energia
térmica (o canhão aquece). A soma das energias, cinética e térmica, é igual à
energia química libertada”. Através do conhecimento, quando tomarmos
consciência da importância da energia libertada/movimentada, incluindo a do “simples”
pensamento, a mudança do mundo será ainda mais rápida e (re)orientada, de modo
a dar mais sentido à transformação.
Segundo
Jan Val Ellam[4]
“Se o conhecimento se der livremente, a perceção voará alto, tão alto quanto
permitam as asas da sensibilidade espiritual de quem desejar realmente ultrapassar
os seus preconceitos e limitações. Ultrapassar, enfim, os seus próprios limites”.
É deste despertar que muito se fala e que terá consequências positivas na necessária
transformação.
Diana
Cooper – que previu os grandes incêndios – escreveu[5], referindo-se
a Portugal: “As pessoas aqui, como em muitas partes da Europa, estão
desiludidas com a corrupção moral dos seus líderes e empresas. Elas começam a questionar
e esse aumento de consciência exigirá mudanças. Apesar da resistência por parte
do poder instituído, haverá transformações em todas as áreas da vida. As
aquisições coloniais dos séculos XV e XVI enriqueceram o país financeira e
culturalmente, mas criaram muito carma, ainda por resolver. (…) Este país será
muitíssimo influenciado pela energia que vem de Fátima (…). O amor, a cura, a
abundância e uma grande luz varrerão o território e, em 2032, Portugal estará
transformado.
O
colombiano Andrés Rios[6] refere
que entre “os principais centros planetários revelados neste ciclo da
humanidade” está “Lys, em Portugal”. “Lis – Fátima” surge como prolongamento de
Lys e estará a cumprir a função-programa de “centro intraterrestre, que
projetou a radiação em diferentes locais de Portugal”. Apresenta trabalho ao
nível da “personalidade e alma coletiva da humanidade”, embora ainda com
limitações devido “à comercialização e ao turismo espiritual que se tem feito
nas suas diferentes áreas de influência”. Para crentes e não crentes, Fátima
tem sido apelidada “O Altar do Mundo”. Este jovem diz, a dado passo: “(…) Escutai
o campanário do vosso coração. Ele vos anuncia novas combinações. O coração é a
ponte entre os mundos. O coração é a vossa verdadeira morada. (…) Um novo ciclo começa. A linguagem do coração é a
instrução de hoje, a simplicidade no caminho, o vosso estandarte. Fogo, fogo,
fogo: despertai e elevai a humanidade. (…) Tornai-vos colaboradores e
construtores do bem universal. Que cada coração disposto a colaborar se torne
numa pérola do Sagrado Colar. Um novo amanhecer se anuncia, é tempo de
renovação”.
© Jorge Nuno (2017)
[1] In “Conquistadores – Como Portugal criou
o primeiro império global”, da Ed. Presença, Lisboa, 2016.
[2] In “Lusíadas”, Canto VII.
[3] In “Um Pouco Mais de Azul – A Evolução
Cósmica”, Ed. Gradiva, Lisboa, 1981 (?)
[4] In “Reintegração Cósmica – Uma Preparação
Para o Grande Dia da Renovação”, Ed. Pergaminho, Lisboa, 1999.
[5] In 2032 – A Nova Idade de Ouro – Uma Esperança
Real para os Próximos 20 Anos”, Ed. Nascente, Amadora, 2012.
[6] In O
Caminho do Lírio”, Autores Editores,
2016.
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