CAUTELA E CALDOS DE
GALINHA…
Parte II
Com
novo confinamento geral, ainda mais condicionados, há quem “desligue”, pelo
cansaço e desespero… mas será útil continuarmos despertos para a informação. As
manchetes ou breves notas de rodapé, nos diversos meios de comunicação, por
vezes surpreendem-nos e conduz-nos a reflexão ou, no mínimo, a um simples
questionar.
«Caos
no hospital de Setúbal». «Doente tratado no chão[1] [no hospital de São
Bernardo, Setúbal]».
«Urgências
sem espaço para covid». «Doentes esperam em ambulâncias[2]», no hospital dos Covões,
Coimbra, que esgotou a capacidade de resposta.
«Doentes
com frio enrolados em cobertores[3]» e «Enfermeiros [da
urgência] do hospital de Famalicão fazem vigília», como “grito de ajuda” e
dizem-se exaustos.
«Dois
hospitais da região de Lisboa já estão a transferir doentes para o Norte». «A
situação dos hospitais é crítica[4]». Ficou-se a saber que
houve transferência de doentes covid: dos hospitais Beatriz Ângelo, Loures e
Fernando Fonseca, Amadora-Sintra, para os hospitais Santos Silva, Gaia e Santo
António, Porto; do hospital Curry Cabral, Lisboa, para o hospital do Algarve e
hospital Pêro da Covilhã; do hospital Garcia de Orta, Almada, para o hospital
Pedro Hispano, Matosinhos. Entretanto, o hospital de Santa Maria, Lisboa,
anunciou que «toda a atividade cirúrgica não urgente fica suspensa[5]».
«Falta
de pessoal para inquéritos epidemiológicos – inquéritos são fundamentais para
travar contágio[6]».
«Médico
saudável morre com patologia no sangue 16 dias após receber a vacina [da
Pfizer] contra a covi-19[7]». Trata-se de Gregory
Michael, obstetra, de 56 anos, da Florida, EUA, que «desenvolveu uma doença
rara que faz com que o corpo destrua as próprias plaquetas, essenciais para
ajudar o sangue a coagular».
«Cerca
de 140 profissionais de saúde de Viseu recusam vacinas». Soube-se que ao
terceiro dia do plano de vacinação, no hospital de São Teotónio, terão sido 140
a dizer “não”, em cerca de 2800 profissionais de saúde.
«Os
profissionais de saúde que têm rejeitado a vacina contra a covid-19 são
claramente residuais», afirmou[8] Eduardo Pinheiro –
secretário de Estado da Mobilidade e coordenador da Região Norte, no âmbito da
declaração do estado de emergência, aquando da visita ao hospital Senhora da
Oliveira, em Guimarães, tendo dito «desconhecer quaisquer reações adversas à
vacina».
«As
vacinas Pfizer / BioNTech reduz os casos de covid em cerca de 95% das pessoas
imunizadas (…) Efeitos colaterais das vacinas: o que se sabe sobre a segurança
dos imunizantes contra a covid-19[9]», num artigo assinado por
James Gallagher, repórter de Saúde e Ciência da BBC. Nele, afirma que na medicina
há uma importante diferença entre “seguro” e “inofensivo” e também entre
“risco” e “arriscado”; e que sempre existe algum tipo de risco envolvido em
vacinas.
«Nem
tudo são rosas. Efeitos colaterais das vacinas podem ser graves, alertam
Especialistas[10]».
«As autoridades da saúde pública e os fabricantes de medicamentos têm de
alertar a população que as vacinas contra o novo coronavírus podem ter efeitos
colaterais graves, ou seja, neste processo “nem tudo são rosas” e as populações
têm de se preparar para os resultados desagradáveis[11]». «Nós temos de
consciencializar os pacientes que isto não será só um passeio no parque[12]». «Se tiverem [na
família] que perder 14 dias de trabalho, é uma grande perda (…) acho que temos
de pensar sobre a própria vacina (…) acho que isso deve ser equilibrado com o
risco de contrair uma infeção[13]».
«[Tedros
Ghebreyesus – diretor-geral da] OMS aponta o dedo ao relaxamento das medidas[14] [aconselhadas desde o
início da pandemia]».
«Sete
em dez portugueses em quarentena acusaram sofrimento[15]».
Na
sessão governativa preparatória para o novo confinamento geral, Pedro Sisa
Vieira – ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital – referiu[16] que «é necessário reduzir
contágios, para reduzir contágios é necessário reduzir contactos, para reduzir
contactos é preciso que as pessoas restrinjam as suas deslocações ao mínimo
indispensáveis».
«Desemprego
registado em outubro subiu 134% no Algarve[17]».
«Mais
casos covid no Algarve – lares têm falta de recursos humanos[18]», com muitos funcionários
em isolamento profilático. «Região com dificuldade em contratar para lares». A
delegada regional de Saúde – Ana Cristina Ferreira – apelou aos jovens
desempregados para aceitar as vagas existentes e reforçar as equipas nos lares,
dizendo que este “é um trabalho muito recompensador”, pelo que “está na hora de
dizer sim”, acrescentando, no mesmo discurso, a realidade crua: “é um trabalho
muito duro, provavelmente não muito bem pago e esta situação agrava a aceitação
do trabalho”.
A esta amálgama de notícias preocupantes, podemos
juntar um pouco da sabedoria popular: «Cautela e caldos de galinha nunca
fizeram mal a ninguém».
©
Jorge Nuno (2021)
[1] In
CMTV, 09-01-2021, 13:00.
[2] In
CMTV, 09-01-2021, 13:00.
[3] In
TVI – J1, 09-01-2021, 13:00.
[4] In
TVI – J1, 09-01-2021, 13:00.
[5] In
www-observador.pt, 09-01-2021, 01:05.
[6] In
SIC N, 11-01-2021, 16:34.
[7] In
www.cmjornal.pt, 08-01-2021, 10:30.
[8] In
Expresso, 30-12-2020.
[9] In
www.bbc.com / portuguese, 10-12-2020.
[10] In
m.noticias.sapo.pt, 24-11-2021, 18:06.
[11] In
Executive Digest, 24-11-2020, artigo assinado por Simone Silva.
[12] Sandra
Fryhofer, da American Medical Association.
[13] Grace
Lee, professora de pediatria da Escola de Medicina da Universidade de Stanford,
Califórnia, EUA.
[14] In
TVI J1, 09-01-2021, 13:19.
[15] In
SIC N, 09-01-2021, 18:01.
[16] In
SIC N, 09-01-2021, 18:06.
[17] In
www. Sulinformacao.pt, 11-11-2020, 17:18.
[18] In
SIC N, 09-01-2021, 18:19.
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