Oops! - óleo s/ tela 40x40, Jorge Nuno (2007) |
Não é a ilusão, para o
pensamento, uma espécie de noite que povoamos de sonhos? A ilusão abre então as
asas, transportando a alma para o mundo da fantasia.
Honoré de
Balzac (1799 – 1851)
Escritor e dramaturgo francês, fundador do
Realismo na literatura moderna. A frase citada provém da sua obra “A Bolsa”,
tal como: não devemos julgar as pessoas pelas
aparências – e esta sua obra lança uma luz bem surpreendente sobre o mundo da
pintura.
OOPS!
Desnuda, sentes-te livre
E eu um inesperado voyeur.
A tua mão, hirta,
Devolve-me parte da espuma
Do copo a transbordar de amor
E eu, inconscientemente,
Levo a mão à boca.
No aroma do teu corpo
Encontras resquícios
De fragrância fougère
De lírios do vale
E eu, no meu, o odor
Do suor de prazer.
A tua pele suave
Reflete o teu próprio brilho
E eu deixo-me ofuscar por ele…
Enquanto te tocas suavemente
E eu vivo inesquecíveis sensações,
Ouço uma voz interior a sussurrar:
“Parece o filipino… parece o filipino!...”
Hesito… Não acredito
que desnuda
Não sejas quem eu penso!
Oops! Será que és mesmo o filipino
Ou serás um ser andrógino?
© Jorge Nuno (2014)
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