Por vezes as pessoas não querem ver [nem ouvir] a verdade porque não desejam que as suas ilusões sejam destruídas.
DUPLA FACE DO ESPELHO
Há sabotagem, visível!
Tantas vezes. De mais!...
Solta-se um grito psíquico,
Sonoro, audível!
Aparenta desastre pessoal.
Se olhar melhor
A dupla face do espelho,
Como num sonho dentro de outro,
Há como que um fluxo
E refluxo constante de imagens
Trazidas pela ilusão,
Feita necessidade,
E pelo veneno da memória
Como que a chamar à razão.
No ponto crítico de escolha,
Embaraçado,
Vejo que o grito saiu de mim,
Mas nego o grito
E até nego o embaraço…
Aquele não sou eu,
Aquele não devo ser eu,
Aquele não posso ser eu.
Sei, intimamente…
Ao aceitar-me como sabotador,
Sem autoacusações,
Retirarei força à expiação
Aceitando as cicatrizes
Sem as exibir,
Sem relevar as suas causas.
Olhando em profundidade
Despido de preconceitos,
Sem esconder o que receio ver,
Sem evitar a dor emocional,
Sem preocupação com a vulnerabilidade
Nem com o olhar enviesado de outrem.
Sei que não há viagens
Em avião supersónico
Ou comboio de alta velocidade
Que me leve rápido ao paraíso,
Nem GPS que me indique esse caminho.
Mas posso anular
A perversão de identidade,
Reconciliando mente e espírito,
Como posso usar
A joia radiosa da verdade,
Fortalecer o “eu” interior
E, em processo de aprendizagem,
Criar alegria que perdure,
Já que ao olhar
O meu “eu” verdadeiro
Aceito e desvalorizo o meu lado negro
E torno visível e abraço
O meu lado divino.
© Jorge Nuno (2014)
Friedrich Nietzsche (1844 1900)
Filólogo, filósofo, compositor, professor universitário, poeta, crítico cultural e autor alemão, que adotou nacionalidade suíça, tendo vasta obra literária publicada, sendo a mais conhecida: “Assim Falava Zaratustra”.
DUPLA FACE DO ESPELHO
Há sabotagem, visível!
Tantas vezes. De mais!...
Solta-se um grito psíquico,
Sonoro, audível!
Aparenta desastre pessoal.
Se olhar melhor
A dupla face do espelho,
Como num sonho dentro de outro,
Há como que um fluxo
E refluxo constante de imagens
Trazidas pela ilusão,
Feita necessidade,
E pelo veneno da memória
Como que a chamar à razão.
No ponto crítico de escolha,
Embaraçado,
Vejo que o grito saiu de mim,
Mas nego o grito
E até nego o embaraço…
Aquele não sou eu,
Aquele não devo ser eu,
Aquele não posso ser eu.
Sei, intimamente…
Ao aceitar-me como sabotador,
Sem autoacusações,
Retirarei força à expiação
Aceitando as cicatrizes
Sem as exibir,
Sem relevar as suas causas.
Olhando em profundidade
Despido de preconceitos,
Sem esconder o que receio ver,
Sem evitar a dor emocional,
Sem preocupação com a vulnerabilidade
Nem com o olhar enviesado de outrem.
Sei que não há viagens
Em avião supersónico
Ou comboio de alta velocidade
Que me leve rápido ao paraíso,
Nem GPS que me indique esse caminho.
Mas posso anular
A perversão de identidade,
Reconciliando mente e espírito,
Como posso usar
A joia radiosa da verdade,
Fortalecer o “eu” interior
E, em processo de aprendizagem,
Criar alegria que perdure,
Já que ao olhar
O meu “eu” verdadeiro
Aceito e desvalorizo o meu lado negro
E torno visível e abraço
O meu lado divino.
© Jorge Nuno (2014)
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