… E O COELHINHO SAIU DA TOCA!...
… E o
coelhinho saiu da toca!...
Podia ser
este o princípio da história,
Mas vamos
devagar… pois este será o fim
Em que sai
aclamado… em louvores.
O coelhinho
não saía da toca…
Teria medo de
ser bem sucedido ou da vã glória?
Receios
infundados do caminho, do capim?
Ou julgava-se
incapaz de enfrentar os predadores?
Estava
inseguro e insatisfeito com tal imagem,
Só via
escuridão e uma ténue luz ao fundo,
Tinha sopros
ao ouvido, mas faltava-lhe coragem.
Sem ousadia,
não conquistaria o mundo!
Até que um
dia, de forma inesperada e com garra,
Ao pensar
saciar-se nas límpidas águas das fontes
O coelhinho
rompeu a amarra
E resolveu
rasgar horizontes.
Refeito do
primeiro passo, hesitante,
Saltou,
correu pelos verdes prados,
Descobriu um
mundo extasiante
De
experiências novas, criatividade e saberes partilhados.
Eufórico,
vibrante, tenaz, capaz de tudo mudar,
O seu estado
de alma – nunca antes se sentira assim –
Levou-o,
candidamente, a pensar em voar!
Para isso,
entendeu que bastaria um Plim!...
Como um toque
de varinha mágica,
Eis que o
coelhinho voava… voava…,
Sem se saber
de onde vinha esta lógica.
Seria truque
de cartola ou algo mais forte o elevava?
Não sei se
por divinas centelhas…
Garanto:
ninguém o puxou ou atirou pelas orelhas!
Tal como o
coelhinho (que finalmente saiu da toca e até conseguiu voar!)…
Devemos ir
atrás dos nossos sonhos
(Evitando a
revelação a quem vive de pesadelos),
Acabar de vez
com pensamentos tristonhos,
Criar uma
bela aura sobre os nossos cabelos,
Tirar da
gaveta projetos adiados,
Exorcizar os
nossos fantasmas febris,
Deixar fluir
as ideias, ser ousados,
Acrescentar à
nossa história um final feliz!
Almada, 29 de abril
de 2012
Jorge Nuno
Olá amigo Jorge Nuno,muito interessante de facto eu me nesse coelhinho, mas como ele também eu soltei amarras ,que aqui vou eu na onda da poesia que eu tanto amo.Beijinho obrigada
ResponderEliminarÉ assim mesmo amiga Leo Marques! É ir em frente, sem medos. Um abraço. Jorge Nuno
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