ENSAIO SOBRE
A APLICAÇÃO DO NOVO A.O.
Ortografia… quem diria, polémico
tema!
Metade protesta, contesta, em
defesa da conservação,
Em desacordo com o novo
acordo.
Para outra metade, bater-se é
o lema,
Pugnando pela sua alteração.
Quer-se um código ortográfico
único
Válido para todo o espaço
lusófono.
Entende-se a pertinência da
questão,
Não só pelo interesse dos
editores brasileiros.
Dizem que há o prestígio da
língua e a até a sua expansão!...
Como se se tratasse de um
produto exportável (?)
Para compensar a redução da
exportação de cortiça e conservas!
São tantas as patranhas… esta
é mais em uma que caio.
Contextualizado, vamos então
ao pequeno ensaio!
O primeiro-ministro está rijo
que nem um pero!
Otimista, parece estar num
mundo mais-que-perfeito,
Que afinal também é
cor-de-rosa.
Alguns pensam que ele é
ultrassensível,
E até, pasme-se,
ultrarromântico!
Está em autoaprendizagem e tem
superproteção.
Mas o país está ao deus-dará e
ele a ficar malvisto…
Há quem diga que foi
bem-criado e que agora é malcriado,
Toma medidas a conta-gotas e o
país na bancarrota.
Tomou medidas antissociais e
acabou-se o pé-de-meia,
Vai ao bolso do contribuinte, com
retroatividade.
São medidas antieconómicas,
mas não anti-inflacionárias,
Com ministros que dão
contraordens, coautores de asneira.
Com ajuda desta escrita
excecional, já nem se sabe o que preveem.
Podem fazer um autorretrato,
mas ficam mal no porta-retratos!
Quanto aos portugueses… já não
creem nem descreem,
Mesmo naquilo que veem ou no
que leem,
Pouco lhes importa se são
bem-mandados ou malmandados.
Mostram pouco afeto, ainda que
alguns tenham um teto.
É alarmante a fome e o número
dos sem-abrigo.
É um problema do arco-da-velha,
com ou sem subjetividade.
E o povo continua a ir na
lenga-lenga…
Toca reco-reco e papa-hóstias
(não que seja antirreligioso!).
É incapaz de autoafirmar-se e
perdeu a autoestima.
Não há mesmo contraofensiva neste
microssistema!
Posso ser um neoexpressionista,
com minicurrículo,
Não sou antipatriota e nem
estou mal-humorado,
Sou capaz de bem-dizer… o que
para outros é maldizer.
Posso ter muitas dúvidas, mas
sei neste exato momento:
- Que estamos a perder o
comboio, como o comboio perdeu o acento,
- Sei que o meu gato Jacob,
também se pode chamar Jacó,
- E sei também, perentoriamente,
que na corrupção não se mexe,
Porque os corruptos continuam, debaixo da bandeira
desfraldada ao vento!
Bragança, 24
de maio de 2012
Jorge Nuno
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