30/06/2012

Energia Positiva


ENERGIA POSITIVA

A transmissão de energia positiva
Vem da qualidade do ser,
Na proporção direta do amor que exala,
No esforço despendido para se engrandecer,
Na descoberta da sintonia com a vida.
Assim, a nossa vida não mais andará à deriva
E passaremos o resto da vida a amá-la!

Se a intuição é uma visão raio X,
Tenhamos intuições positivas,
Com a vitalidade e clareza necessárias,
Para avançar com os desafios, feitos projetos.
Seja em noites de lua cheia, junto do mar,
Na montanha ou na mais profunda solidão,
Inspiremo-nos, relancemos esta ideia…
E num horizonte próximo, seguramente,
Colheremos os frutos, resultados concretos.

A emanação de energia positiva revigora.
Ponhamos o gerador a trabalhar,
Sintonizemos as vibrações
E sejamos novos faróis para o mundo,
Para um mundo melhor, aqui e agora!

Bragança, 30 de junho de 2012
Jorge Nuno

A Brincar, a Brincar...


A BRINCAR, A BRINCAR…

A brincar, a brincar…
Tenho escrito coisas sérias!
A brincar com a poesia…
Faço rir, com algumas lérias!
A brincar, a brincar…
A escrita sai veloz!
A brincar com a poesia
Levo longe a minha voz!
A brincar, a brincar…
É um autêntico devaneio!
A brincar com a poesia,
Cresci dez centímetros e meio!
A brincar, a brincar…
Ponho os poemas em silos!
Ao alimentar-me de poesia,
Já aumentei uns quinze quilos!

Bragança, 30 de junho de 2012
Jorge Nuno

Inquietações (Minhas e do Cão)



Foto: Extraída de http://fottus.com/animais/fotos-de-cachorros-111-fotos/



INQUIETAÇÕES (MINHAS E DO CÃO)

Como será a luz branca do vazio negro?
Como é possível defender, comprovadamente,
Que a estrutura profunda do cérebro
É essencialmente holográfica?
Por que será que na meditação zen,
Os alunos são confrontados com a frase:
“Qual é o som de uma só mão batendo palma?”
Que relação existe
Entre o Campo de Energia Universal
E o Campo de Energia Humana?
Por que se fala tanto em Lei da Atração
E o Governo, em silêncio,
É cada vez mais rejeitado?
Se já Einstein dizia
Que a aparente linearidade dos acontecimentos
Depende do observador,
Por que, avançando na idade,  
Mais experiente, mais lúcido,
Fico mais inquieto…desassossegado?
Se me atiro de cabeça,
Quando algo é de entusiasmar,
Por que pareço um cão a dar voltas
Procurando se acomodar?

Bragança, 29 de junho de 2012
              Jorge Nuno

29/06/2012

A Energia do Silêncio

Foto: Extraída de http://www.google.com/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/

A ENERGIA DO SILÊNCIO

Há aversão ao silêncio,
Por ser estranho não falar…
Mais do que ausência de ruído,
Causadora de embaraços,
O silêncio é uma pausa saudável,
Um escape indolor e inócuo
Que permite eliminar tensões,
Afastar a negatividade,
Retemperar forças,
Reforçar estímulos mentais.
Sem distrações ruidosas,
Podemos encontrar no silêncio
Poderes estimulantes, regeneradores.
Mas se o silêncio for mordaça
E me quiserem forçar ao silêncio...
Fá-lo-ei por alguns instantes,
Beberei da fonte de energia interior
E, fortalecido,
Voltarei para quebrar o silêncio,
Gritando, bem alto,
Para se ouvir a minha voz!

Bragança, 29 de junho de 2012
Jorge Nuno

28/06/2012

Quando a loucura me ataca

 Foto livre obtida com motor de busca na Internet


QUANDO A LOUCURA ME ATACA

Quando a loucura me ataca,
Sinto-me um louco feliz.
Gozo com as loucuras que faço,
Rio-me com as loucuras que fiz!
Adoro o destravar da mente…
O pensamento objetivo ausente.
Adoro os momentos de libertação,
Ao deixar fluir a imaginação.
Surgem cenas loucas, criadas e recriadas
Sem rede, sem paraquedas, sem duplos
E, acima de tudo, sem medo de cair
No precipício do ridículo.
Mesmo com o risco de poder cair,
É ótima a postura do Quero lá saber!...
Porque mesmo assim hei de voar
E voar é bonito, bonito a valer!
Quando a loucura me ataca,
Não há mesmo preparativos de voo!
É só apanhar as correntes ascendentes
E rapidamente se alcançam horizontes largos,
Com panorâmica bem diferente,
Da que enxerga o comum dos mortais.
Apanhado cá em cima,
Sei que pareço pequenino no ar,
É natural… acontece aos demais...
Aos olhos dos que ficam em terra,
Aos olhos dos que não sabem voar!

Bragança, 28 de junho de 2012
                  Jorge Nuno

Poesia Neutra


                                                    POESIA NEUTRA

O poeta escreve,
Escreve o que sente.
Porque sente o que observa,
Observa, com sensibilidade.
Sensibilidade que o faz ter iniciativa.
Iniciativa que o impele a escrever,
E escrever, naturalmente, poesia.
Mas nunca será poesia neutra!
O poeta,
Porque tem um olhar diferente,
É diferente perante a indiferença,
Conseguindo ver o que outros não veem
Ou não querem ver!
O poeta,
Com o seu olhar diferente
Escreve o que sente.
Porque sente e escreve o que observa,
A sua poesia poderá enquadrar-se em vários estilos,
Mas nunca será poesia neutra!
O poeta,
Ao não escrever poesia neutra,
Torna-se, por vezes, incómodo.
E se faz por escrever poesia neutra,
Pode gostar da escrita, 
Mas isso não faz dele um poeta!

     Bragança, 27 de junho de 2012
                  Jorge Nuno

26/06/2012

Saída da Bruma - Sinopse


                                     SAÍDA DA BRUMA – SINOPSE

Saga de uma bela mulher,
Que surge da bruma,
E que tem um contacto relâmpago,
Fulminante, com alguém
Que pode mudar a sua vida errante.
Ele fica estonteado, sem ação,
De cabeça perdida,
Ela que gosta da escrita de Saramago, recita-lhe:
- Já que olhas vê,
Já que vês repara…
Sem saber se são purpurinas ou estrelas
O que a faz brilhar,
Este, opta pelas estrelas, pega numa e…
Desajeitado, mas simpático,
Estrela dois ovos!
Surge o primeiro amuo sério.
Ela gosta é de ovos escalfados!
Tudo parece perdido…
A bela mulher volta a desaparecer na bruma,
Até que… quem sabe, volte um dia,
Novamente saída da bruma,
Na esperança de este homem mudar
Ou, finalmente, encontrar um outro, ou outro…
Que verdadeiramente a possa entender!

      Guimarães, 25 de junho de 2012
                       Jorge Nuno

25/06/2012

Animação em Tempo de Festas


ANIMAÇÃO EM TEMPO DE FESTAS

Estranho o povo animado…
Mas rejubilo com o povo animado!
Ajuda à festa a iluminação e seus motivos.
O fogo-de-artifício e o lançamento de balões…
São as rusgas, na sua expressão genuinamente popular,
O carro das ervas,
O carro do Rei David,
O carro dos Pastores,
O folclore patente nos cortejos etnográficos,
As bandas de música, a rigor, a tocar a mourisca,
Os cabeçudos e gigantones, que deliciam há gerações,
Os ágeis grupos de Zés-P ’reira que atroam pela cidade,
Os grupos de cavaquinhos e concertinas,
Os animados cantadores ao desafio,
E outros grupos de música popular...
Em contagiante animação,
Que faz trautear brejeirices,
Agitar a anca ou suar de prazer na dança.
Estranho um povo que parece incapaz
De reagir perante as gritantes injustiças.
Um povo que parece incapaz de dizer basta!
Mas um povo, que tonificado pelo fervor religioso,
Aprendeu a sorrir para a vida,
Mesmo que ela lhe seja madrasta!          

Braga, 23 de junho de 2012
            Jorge Nuno

Voz que Vem de Mim

Foto: Extraída da revista-saude.blogspot.com


VOZ QUE VEM DE MIM


Sei que te dizem com insistência:
- Mas que veia poética!...
E com algum ar sério:
- Mas tem muita sensibilidade!...
Pois tens!
E quem acredita que isso ajuda a mudar o Mundo?
É que essa sensibilidade é algo estranha,
Em tempos de grande insensibilidade!
Vê-se claramente a sua ausência,
No cinismo das relações interpessoais,
No grotesco das relações geracionais,
No seio das famílias disfuncionais
Na ambiência das relações laborais,
Nas comuns decisões governamentais,
Que põem tanta gente aos ais… aos ais!…
Sei que tens sensibilidade e muita!
Mas diz-me, louco,
Como é possível ser-se poeta,
Viver-se poesia,
Sentir-se poesia…
Perante tanta miséria humana?
Isso parece fazer de ti um insensível!
Porque espicaças a gente que dá ais…
A que já parou de gemer,
Ou a que nunca gemeu, de conformismo?
Sei que achas que
O que faz falta é agitar a malta,
A lembrar as lutas de outros tempos.
Mas se pensares bem…
Talvez encontres o caminho,
Se achares que
O que faz falta é animar a malta!
Como se lutou e cantou noutros tempos.
Mas talvez possas agitar e animar a malta!...
Admito as tuas dúvidas!
Por isso, segue a tua intuição
E vai ouvindo “A Voz”
Continua as tuas lutas,
Sempre disponível para mudar o mundo,
Porque só estes é que o conseguem mudar!

                            Braga, 22 de junho de 2012

              © Jorge Nuno

21/06/2012

Se eu quisesse escrever um poema




Foto: Extraída de http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/maio01.html



SE EU QUISESSE ESCREVER UM POEMA

Se eu quisesse escrever um poema
E transformá-lo numa obra de arte…
Se eu quisesse escrever um poema
Inspirado numa obra de arte…
A indecisão apoderar-se-ia de mim
E “A Indecisão” seria o título!
Se “O Três de Maio de 1808 em Madrid”, de Goya…
Se “Guernica”, de Picasso,
Para realçar a crueldade da guerra.
Se “Cascata de Schmadribach”, de Koch…
Se “Ofelia”, de Millais,
Para destacar a força da Natureza.
Se “Condessa de Vilches”, de Madrazo…
Se “Mona Lisa” de da Vinci,
Para deixar no ar o enigma.
Se… se… se… tanto se!...
Como é bom contemplar obras de arte!
Como é boa a arte de tomar decisões!
Como é bom perder os medos!
Mesmo que não consiga transformar
O poema numa obra de arte,
Inspirado em obras de arte,
É uma arte tomar iniciativa
E escrever um simples poema!

Bragança, 21 de junho de 2012
               Jorge Nuno