ABRENUNTIO SATANAE!
(OU O POEMA DO AB)
Povo absorto, pareces abajoujado…
Precisas de um abanão!
Abalança-te!
Há abandalhamento do teu país
E tu abandonaste o teu posto
de vigia!
Não vês que para uns é
abastança
E para outros é
abastardamento?
Não te sentes abatido com
isso?
Eu sei que o abcesso é profundo…
O pus virulento alastrou e
decerto te abalou.
É que tu abdicaste…
E a abdominia dos graúdos
instalou-se,
Abocanhando o que deixaste
abocanhar!
E não digas que te estou a
abesoirar!...
Para que saias, em absoluto,
da abstinência
E tenhas um pouco mais de
abundância,
Renuncia à abstenção!
Deixa de andar abstrato…
Pois é absurda essa atitude.
Acaba de vez com os abutres,
Senão isto não abranda.
Reconheces que há diferenças
abismais entre ti e eles!
Podem não parecer, mas sabes
que eles são gente abjeta,
Abalroam a tua casa e levam os
teus bens,
Ficando tu um sem-abrigo
E eles com os bolsos a
abarrotar!
E pior, abastecem-se quanto e
quando querem!
Aqui, a abnegação é o
desapego, a renúncia.
Não abdiques dos teus valores.
Não deixes que haja abolição
dos seus crimes.
Age, tem abertura mental.
Lembra-te do abraço fraterno
ao cantar a Grândola.
Precisamos doutra abrilada
Para abrilhantar a mudança.
És um povo abençoado,
Podes ter o céu aberto,
Mas assim não há absolvição!
Não abrandes o passo…
Deixa esse ar de queixume silencioso
e aborrecido
E faz a abordagem correta ao
problema,
Porque viste que isto não vai
lá com abaixo-assinados!
Decididamente, abre a boca,
mesmo de forma abrupta ou abrutalhada.
Mexe-te, atua, abana-os… que
estando podres caem.
Faz abortar os projetos
mafiosos
Senão eles, definitivamente,
abotoam-se com tudo!
(Abrenuntio Satanae!)
Bragança, 16 de junho de 2012
Jorge Nuno
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