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Extraída da revista-saude.blogspot.com
VOZ
QUE VEM DE MIM
Sei que te dizem com
insistência:
-
Mas que veia poética!...
E com algum ar sério:
-
Mas tem muita sensibilidade!...
Pois
tens!
E
quem acredita que isso ajuda a mudar o Mundo?
É
que essa sensibilidade é algo estranha,
Em
tempos de grande insensibilidade!
Vê-se
claramente a sua ausência,
No
cinismo das relações interpessoais,
No
grotesco das relações geracionais,
No
seio das famílias disfuncionais
Na
ambiência das relações laborais,
Nas
comuns decisões governamentais,
Que
põem tanta gente aos ais… aos ais!…
Sei
que tens sensibilidade e muita!
Mas
diz-me, louco,
Como
é possível ser-se poeta,
Viver-se
poesia,
Sentir-se
poesia…
Perante
tanta miséria humana?
Isso
parece fazer de ti um insensível!
Porque
espicaças a gente que dá ais…
A
que já parou de gemer,
Ou
a que nunca gemeu, de conformismo?
Sei
que achas que
O que
faz falta é agitar a malta,
A
lembrar as lutas de outros tempos.
Mas
se pensares bem…
Talvez
encontres o caminho,
Se
achares que
O que faz falta é animar a malta!
Como
se lutou e cantou noutros tempos.
Mas
talvez possas agitar e animar a malta!...
Admito
as tuas dúvidas!
Por
isso, segue a tua intuição
E
vai ouvindo “A Voz”
Continua
as tuas lutas,
Sempre
disponível para mudar o mundo,
Porque
só estes é que o conseguem mudar!
Braga, 22 de junho
de 2012
© Jorge
Nuno
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